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sábado, 14 de março de 2009

TIBETE - 50 anos de ignomínia


"Centenas de tibetanos manifestaram-se hoje nas ruas de Nova Deli contra a ocupação chinesa do Tibete, no 50º aniversário do levantamento falhado na região.
Empunhando bandeiras e cartazes que defendiam um "Tibete livre" e agradeciam à Índia por os ter acolhido, os manifestantes percorreram seis quilómetros em Nova Deli para se concentrarem junto ao observatório Jantar Mantar, único lugar onde são permitidos os protestos.
"Pedimos à China que acabe com o genocídio cultural no Tibete. Não aceitamos que queiram fazer desaparecer os tibetanos deste planeta", declarou à agência noticiosa espanhola EFE o porta-voz do Congresso Tibetano da Juventude, Penpa Tsering.
Muitos dos manifestantes iniciaram hoje um jejum de 50 horas, o mesmo número de anos decorridos desde a revolta contra a China que levou ao exílio do Dalai Lama, líder espiritual e político da comunidade.
"Os tibetanos enfrentam o problema de serem refugiados em todo o mundo. Por isso procuramos o apoio de todos os países, já que todos e cada um dos tibetanos anseiam voltar à sua pátria", adiantou Tsering.
Nova Deli tem uma comunidade de tibetanos, embora a maioria dos 130.000 refugiados se concentre em Dharamsala, localidade indiana nos Himalaias, sede do governo no exílio.
Foi em Dharamsala, que o Dalai Lama acusou hoje a China de ter morto "centenas de milhares de tibetanos" desde a invasão do Tibete no início dos anos 1950 e de ter feito deste país "um inferno sobre Terra".
"Estes últimos 50 anos foram de sofrimento e de destruição para o território e o povo do Tibete", disse o chefe espiritual do budismo tibetano, que exigiu "uma autonomia legítima e significativa" para o Tibete face ao regime chinês e não a independência.
"Nós, os tibetanos, estamos à procura de uma autonomia legítima e significativa que nos permita viver no âmbito da República Popular da China", declarou o Dalai Lama."

Lusa 10 Março de 2009

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