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domingo, 26 de junho de 2011

Hereafter



"Each of us wonders: what does expect us after life?"
"Can we reach those who have gone?"

Em francês "l'au-delà", em italiano "l'aldilà" e em português simplesmente "o além". Aquilo pelo qual todos nos questionamos pelo menos uma vez na vida: haverá vida depois da morte? O corpo morre e desintegra-se rapidamente; mas nada mais subsistirá?

Os antigos gregos, filósofos como Pitágoras ou Platão, e mestres das religiões mistéricas, afiançavam que sim, existe a alma, estrutura incorpórea que subsiste à corrupção da matéria, mantendo as propriedades intelectuais e morais, podendo até voltar ao mundo noutro corpo.

Crer ou não nisto, não depende da época, nem da região geográfica, nem tão pouco da condição intelectual ou social. Talvez dependa isso sim, da proximidade que já se teve com a morte, não só dos que nos são próximos, como, e particularmente, a proximidade com a nossa própria morte.

É o caso da personagem em torno da qual se tece a história do filme "Hereafter": a experiência de uma jornalista de televisão francesa que sobrevive ao tsunami de 2006 no sudoeste asiático e cuja vida, a partir de então, nunca mais será igual.

Está neste fime  marca de qualidade de vários senhores de enorme talento: a direcção e música do grande Clint Eastwood e a co-produção de Steven Spielberg.

Junte-se a isto a interpretação de belíssimos actores como Matt Damon e dos pequenos Frankie e George McLaren, e temos mais uma obra-prima do cinema, que, tal como vem sendo habitual nalgumas produções contemporâneas, leva-nos a passear por várias cidades apetecíveis, como Paris, Londres e S. Francisco.

(Vi este filme com muitos meses de atraso, mas ainda assim valeu a pena.)

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